quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Seleção unificada


Acesso para consulta estará liberado na segunda-feira

Estudantes de todo o país interessados em ingressar no ensino superior público em 2012 poderão consultar, a partir de segunda-feira, 26, cursos e vagas disponíveis no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) do Ministério da Educação. As inscrições para o processo de 2012 serão abertas em 7 de janeiro próximo. O Sisu selecionará os candidatos por meio da nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011.

No primeiro semestre do próximo ano, o sistema oferecerá 108.552 vagas - 30% a mais em relação ao mesmo período de 2011 - em 3.327 cursos. O número de instituições de ensino também aumentou, de 83 para 95, nos 26 estados - não serão oferecidas vagas em instituições do Distrito Federal.

As inscrições serão abertas à zero hora de 7 de janeiro e se estenderão até a meia-noite do dia 12 do mesmo mês. O estudante deve fazer duas opções de curso. Durante o período de inscrições, ele poderá mudar essas opções, com base na nota de corte (nota mínima). Cada mudança invalidará a opção anterior.

Diferente dos anos anteriores, quando o sistema ficava fora do ar de zero hora às 6 horas da manhã para atualização, em 2012 ele funcionará ininterruptamente. As notas de corte serão divulgadas de madrugada, diariamente.

O candidato aprovado na primeira opção de curso será automaticamente retirado do sistema. Caso não faça a matrícula na instituição para a qual foi selecionado, perderá a vaga. O que for selecionado para a segunda opção ou não atingir a nota mínima em nenhum dos dois cursos escolhidos pode permanecer no sistema e ser convocado nas chamadas seguintes.

Resultados - O resultado da primeira chamada será divulgado em 15 de janeiro. Os candidatos selecionados terão os dias 19 e 20 para fazer a matrícula. As instituições de ensino superior participantes do processo terão prazo de 19 a 23 do mesmo mês para registrar as matrículas no sistema.

A segunda chamada será divulgada em 26 de janeiro, com matrículas nos dias 30 e 31. Elas serão registradas pelas instituições de 30 de janeiro a 1º de fevereiro.

Os candidatos que não conseguirem vaga nas duas chamadas poderão ainda pedir inclusão, entre 26 de janeiro e 1º de fevereiro, na lista de espera, que será publicada em 4 de fevereiro. As vagas que se tornarem disponíveis para os candidatos na lista de espera serão divulgadas gradativamente pelas instituições. O prazo vai até 2 de março.

A consulta sobre cursos e instituições, a partir de segunda-feira, 26, deve ser feita na página do Sisu na internet. Mais informações pelo telefone 0800 616161, das 8 às 20 horas, de segunda a sexta-feira, e durante 24 horas diárias nos períodos de inscrição.

Enem - Já estão disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) os resultados do Enem de 2011. O resultado individual pode ser conferido pelo candidato na página do exame na internet. É necessário informar CPF e senha. Também é possível consultar o resultado com a apresentação do número de inscrição e senha. Caso não se recorde da senha, o estudante pode recuperá-la no próprio sistema, mediante informação de CPF. A senha será encaminhada por e-mail ou mensagem SMS.

Com base em informações da Polícia Federal do Ceará, o Inep decidiu cancelar as 14 questões do pré-teste de todos os estudantes do Colégio Christus, de Fortaleza, incluindo aqueles do cursinho pré-vestibular da instituição. Ao todo, 1.139 estudantes tiveram as questões anuladas. O Ministério da Educação e o Inep ainda aguardam as conclusões do inquérito policial para tomar medidas cabíveis nas instâncias administrativa e criminal.

(Site MEC 22.12.11 - Assessoria de Comunicação Social)

sábado, 17 de dezembro de 2011



Professores são educadores, não babás

Ron Clark e seus alunos: em defesa de mais cooperação entre pais e professores

Autor do 2º artigo mais compartilhado no Facebook em 2011, americano diz que pais desrespeitam regras de escolas, pondo em risco o futuro dos filhos

Nathalia Goulart

"Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade"
O segundo artigo mais compartilhado em 2011 por usuários americanos do Facebook foi escrito por um professor, Ron Clark (o primeiro trazia fotos da usina de Fukushima). Mais de 600.000 pessoas curtiram o texto na rede, escrito a pedido da rede de TV CNN e entitulado "O que os professores realmente querem dizer aos pais". O artigo descreve um cenário de guerra, travada entre pais e professores. Na visão de Clark, os pais vêm transferindo suas responsabilidades para a escola, sem, contudo, aceitar que seus filhos se submetam de fato às regras da instituição. Por isso, assim que surge a primeira nota vermelha ou uma advertência, invadem a sala de aula culpando os professores – a pretexto de preservar a reputação e o orgulho de seus filhos. "Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças", diz o professor, na entrevista concedida a VEJA.com e reproduzida a seguir. "Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas." Clark conhece sua profissão. Aos 39 anos, vinte deles dedicados à carreira, o americano já lecionou na zona rural da Carolina do Norte, nos subúrbios de Nova York e atualmente comanda uma escola modelo no estado da Geórgia que oferece treinamento a educadores. Graças à função, manteve, desde 2007, contato com cerca de 10.000 educadores de diversas partes do mundo, incluindo brasileiros.
Em seu artigo, o senhor fala de um ambiente escolar em que pais e professores não se entendem mais. O que tornou a situação insustentável, como o senhor descreve? A sociedade se transformou. Hoje, vemos pais muito jovens, temos adolescentes que se veem obrigados a criar uma criança sem ao menos estarem preparados para isso. São pessoas imaturas. Por outro lado, temos famílias abastadas, em que pais trabalham fora e são bem-sucedidos profissionalmente. Pela falta de tempo para lidar com os filhos, empurram toda a responsabilidade da educação para a escola, mas querem ditar as regras da instituição. Ou seja, eles querem que a escola eduque, mas não dão autonomia a ela.
Que tipo de comportamento dos pais irrita os professores? Acho que o ponto principal são as desculpas que os pais criam para livrar os filhos das punições que a escola prevê. Se um aluno tira nota baixa, por exemplo, ou deixa de entregar um trabalho, os pais vão à escola e descarregam todo tipo de desculpa: dizem que o filho precisava se divertir, que a escola é muito rigorosa ou que a criança está passando por um momento difícil. Ou, ainda, culpam os professores, dizendo que eles não são capazes de ensinar a matéria. Mas nunca culpam seus próprios filhos. É muito frustrante para os professores ver que os pais não querem assumir suas responsabilidades.
Problemas com notas são bastante frequentes? Sim. Certa vez tive uma aluna que estava indo mal em matemática. A mãe dela justificou-se dizendo que, na escola em que a filha estudara antes, ela só tirava boas notas, sugerindo, assim, que o problema éramos nós, os novos professores. Infelizmente, essa ideia se instalou na nossa sociedade. Se a nota é boa, o mérito é do aluno; se é baixa, o problema está com o professor. E quando as notas ruins surgem, os pais ficam furiosos com os professores. O resultado disso é que muitos profissionais estão evitando dar nota baixa para não entrar em rota de colisão com os pais, que nos Estados Unidos chegam a levar advogados para intimidar a escola.
Os pais poupam os filhos de lidar com fracassos? Hoje, existe uma preocupação grande com a autoestima da criança. Por isso, muitas pessoas se veem obrigadas a dizer aos pequenos que eles fizeram um ótimo trabalho e que são brilhantes, mesmo quando isso não é verdade. Essas crianças deixam de aprender que é preciso se esforçar muito para conseguir bons resultados. No futuro, elas não terão sucesso porque, em nenhum momento, exigiu-se excelência delas. Precisamos estar mais atentos à excelência acadêmica e menos preocupados com a autoestima das crianças.
Que conselho o senhor dá aos professores? É possível evitar que os pais surtem diante de notas ruins e do mau comportamento dos filhos se for construída uma relação de confiança. Em vez de só procurar os pais quando as crianças vão mal na escola, oriento que os professores conversem com os responsáveis também quando a criança vai bem. Na minha escola, procuro conhecer os pais de todos os meus alunos. Procuro encontrá-los com frequência e envio cartas a eles com boas notícias. Assim, quando tenho que dizer que a criança não está rendendo o esperado, eles me darão credibilidade e confiarão na minha avaliação.
É possível determinar quando termina a responsabilidade dos pais e começa a da escola? As duas partes precisam trabalhar em conjunto. Os pais precisam da escola e a escola precisa do apoio da família para realizar um bom trabalho. Um conselho que sempre dou aos pais é que nunca falem mal da instituição de ensino ou do professor na frente dos filhos. Se a criança ouve os próprios pais desmerecerem seus mestres, perde o respeito por eles. O contrário também é verdadeiro. Os professores precisam respeitar os pais, porque eles são parte fundamental na educação de uma criança.
Em algumas situações a discussão sobre responsabilidades da família e da escola surge com muita força. Em casos de bullying, por exemplo, pais e professores trocam acusações. Sobre quem recai a maior parte da responsabilidade nesses casos? A minha resposta novamente é que precisamos trabalhar em conjunto. Quando o bullying acontece na escola, é obrigação dos professores intervir imediatamente. Mas muitos não agem assim porque querem evitar conflitos com os pais. E isso é muito grave. O bullying está devastando nossas crianças. Precisamos combatê-lo. Para que os professores tenham liberdade para agir, precisam do apoio dos pais. Mas você sabe o que acontece? Muitas vezes, quando os pais são chamados na escola para serem alertados de que seu filho está praticando bullying contra um colega de classe, o que ouvimos é: "Mas qual o problema disso? Tenho certeza de que outros colegas também zombam do meu filho e ele não se sente mal por isso." Mais uma vez, vemos os pais se esquivando da responsabilidade.
A que o senhor atribui o sucesso do artigo que estourou no Facebook? Eu escrevi o que todos os professores tinham vontade de dizer aos pais, mas não podiam dizer, porque isso os enfureceria. O que eu fiz foi dar voz a milhões de profissionais. Fiquei sabendo que muitas escolas imprimiram o texto e enviaram uma cópia a cada família. Na internet, pessoas de outros países também compartilharam a minha mensagem.
O senhor criou uma escola modelo, a Ron Clark Academy. Como é a relação de seus professores com os pais? Procuramos estabelecer uma relação próxima. Como eu disse, estamos constantemente em contato com os pais, nos bons e nos maus momentos. Também promovemos encontros semanalmente, nos quais ofereço aos pais a oportunidade de assistir a uma aula na escola, destinada exclusivamente a eles, para que acompanhem o que está sendo ensinado a seus filhos. Ou seja, trabalhamos muito para conquistar uma relação harmônica. Não estou dizendo que é fácil lidar com os pais. Alguns deles podem ser bem malucos.
O senhor, na sua escola, recebe professores de diversas partes dos Estados Unidos e tambem de outros países, como o Brasil. Além dos problemas de relacionamento com os pais, do que mais professores de todo o mundo reclamam? As avaliações tiram o sono dos professores. Não sei exatamente como funciona no Brasil, mas nos Estados Unidos os professores são constantemente cobrados a melhorar o desempenho de suas escolas em testes padronizados. E todo o processo educacional passa a girar em torno de algumas provas. Isso é massacrante, para os alunos e para os professores. Os professores precisam de mais diversão na sala de aula.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Gravar Fotos em DVD

Você gostaria de compartilhar com seus amigos ou familiares as fotos daquela viagem ou evento? Que tal gravar fotos em DVD para que a pessoa presenteada possa vê-las no computador ou mesmo em um aparelho de DVD ligado a uma televisão?
Neste tutorial sobre como gravar fotos em dvd utilizaremos o CDBurner XP, um programinha pequeno, em português, que roda em qualquer computador e o melhor: totalmente grátis.
Você não tem ainda o CDBurner XP?
Para fazer o download do CD Burner XP a partir do site de seu fabricante, clique aqui.

1) Instale o programa em seu computador. A instalação é extremamente simples, mas se você não sabe como fazer isso, clique aqui e acesse o tutorial de instalação que criamos, com imagens passo-a-passo.
2) Rode o software clicando sobre o ícone criado em sua área de trabalho. Na primeira vez que você executar o programa para gravar um dvd, ele perguntara seu idioma. Selecione Português para facilitar as coisas.
Atalho CD Burner XP
3) Insira um DVD virgem em seu computador.
4) Selecione a primeira opção, “Disco de Dados”, conforme ilustrado na tela abaixo:
Programa para Gravar Fotos em DVD
5) Na parte esquerda superior, navegue pelo seu computador até a pasta onde estão as fotos que deseja gravar. Arraste as fotos da parte de cima para a parte de baixo da tela.
Gravando Fotos em DVD
6) A “barrinha” inferior mostra quanto de espaço você terá ocupado no DVD com as fotos selecionadas. Você pode adicionar fotos até quanto desejar, repetindo o passo 5, até a barra encher totalmente.
Como Gravar Fotografias em DVD
7) Clique uma vez sobre a palavra Disc, conforme a imagem abaixo para dar um nome para o DVD. Dica: não utilize espaços ou acentos para evitar problemas com alguns drives.
Gravar Fotos DVD
8) Selecione quantas cópias deseja gravar.
Atalho CD Burner XP
9) Clique sobre o botão Gravar.
Atalho CD Burner XP
10) Na tela que se abre, selecione a opção Finalizar disco. Isso evita que o DVD não seja lido em alguns drives que não aceitam a opção de ler discos em aberto.
Atalho CD Burner XP
11) Aguarde até que o programa conclua a gravação das fotos no DVD. Esta etapa dura entre 2 e 20 minutos, dependendo da velocidade do seu gravador.
Atalho CD Burner XP
12) Pronto! Insira o dvd no computador ou no seu aparelho de DVD ligado à televisão e veja as fotos gravadas. Gravar fotos em dvd é muito fácil não é? 
Atalho CD Burner XP

Observações Importantes

- Além de gravar fotos em DVD é possível gravar vídeos e músicas MP3 utilizando este mesmo procedimento.

- Para rodar o DVD em um Player e ver as fotos na televisão, é necessário que o aparelho de DVD suporte leitura de arquivos ou arquivos JPEG. Quase 99% dos aparelhos comercializados hoje em dia possuem este suporte.

- Você pode aproveitar o mesmo disco para gravar vídeos e músicas juntos. Você pode inclusive criar pastas para melhor organizá-los. Lembre-se que um DVD comum tem 4,7 gigas disponíveis, o que equivale a mais de 5.000 fotos. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ENEM

Artes, Português e Literatura foram as disciplinas apresentadas no último Plantão Enem


 Neste sábado (01-10) foi ao ar, pela tela da rede Minas, o terceiro ‘Plantão Enem’. O programa que traz dicas que vão auxiliar os estudantes do ensino médio na realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) abordará neste sábado as disciplinas de Português, Arte e Literatura.  O ‘Plantão Enem’ já faz parte da rotina de estudo dos alunos do terceiro ano do ensino médio. Desde o dia 17 de setembro, data em que o primeiro programa foi exibido, já foram registrados acessos de 200 cidades mineiras.  O ‘Plantão Enem’ é transmitido entre 10 e 11 horas para todo o Estado.
Na disciplina de Português, o terceiro programa trouxe para os estudantes uma discussão a respeito de variedades lingüísticas. Em Artes, apresentou as correntes estéticas da Arte com estilos próprios e características peculiares. Pintura rupestre, renascentista, Cubismo e outros movimentos artísticos foram assuntos tratados. Já no bloco dedicado à Literatura, os estudantes  aprenderam um pouco mais sobre Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo, Modernismo, Literatura Contemporânea, entre outros gêneros que representam o retrato da época em que foram concebidos.
Os estudantes podem participar, ao vivo do programa, por telefone e por e-mail, apresentando dúvidas e fazendo comentários. Os contatos podem ser feitos pelo endereço de e-mail: plantaoenem@redeminas.mg.gov.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo telefone (31) 3209-0089. O bom da inciativa é que ela permite a participação de todos os alunos do terceiro ano, independentemente da rede de ensino, pública ou privada. As redes sociais, como Facebook (Plantão Enem) e  twitter (@plantãoenem) também podem ser utilizadas para o envio de perguntas.
Reforço virtual
Todos os conteúdos estão disponíveis no site do Plantão Enem (www.redeminas.tv/plantaoenem) e também pelo sítio institucional da Secretaria de Educação (https://www.educacao.mg.gov.br/undefined). A ideia é disponibilizar os conteúdos no maior número de canais para facilitar o acesso dos estudantes.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) também disponibiliza outro conteúdo que complementa a preparação para o Enem. Em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sectes), a SEE oferece um curso de reforço para o exame que é transmitido por 79 Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), mantidos pela Sectes, em várias regiões do Estado.
Além disso, a Educação comprou o direito de transmitir essas aulas diretamente para 1.700 escolas de ensino médio. Para tanto, as escolas devem utilizar uma senha, que já receberam, e acessar o conteúdo. O conteúdo é elaborado pela ONG Paulista Instituto Henfil.Entre os estudantes que estão utilizando os conteúdos do instituto Henfil está a aluna do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Antero Magalhães de Aguiar, no município de Santa Rosa da Serra, Graziely Ferreira Queiroz, de 17 anos. “Eu acesso o site todos os dias e assisto a todas as aulas. É um complemento muito bom. Hoje, por exemplo, estava assistindo um vídeo sobre redação”, ressalta.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

OS MALES DA CARREIRA ADOECEM 18 MIL PROFESSORES EM MINAS.

Por Cláudia Giúza - Jornal O Tempo online 05/09/2011.

A agressão e as ameaças de morte feitas por um aluno de 15 anos à diretora de seu colégio trazem à tona a falta de segurança e a fragilidade do sistema de ensino brasileiro. O caso aconteceu recentemente em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, mas retrata a realidade de grande parte dos profissionais da educação no país. A tensão no ambiente de trabalho é um dos motivos que adoecem os professores e, muitas vezes, os forçam a deixar a sala de aula. Em Minas, dos 183.296 professores estaduais, 8.859 foram transferidos para outras funções e 9.017 aguardam perícia médica - são 17.876 docentes afetados. A situação se repete na capital, onde 786 dos 10.499 servidores deixaram as salas de aula.

Maria*, 54, deu aulas de biologia por 23 anos em João Monlevade, na região Central, mas parou de lecionar por problemas de saúde. "Perdi a minha voz completamente e tive depressão. Não aceitava a minha incapacidade de fazer o que sempre amei", conta. Além dos problemas físicos, ela diz que a readaptação também trouxe danos psicológicos. "Me jogaram em uma biblioteca empoeirada e mofada. Antes, tinha um problema de voz e, agora, me sinto emocionalmente incapaz de desenvolver qualquer tipo de trabalho na escola", explica.

Depressão. A depressão não atingiu apenas Maria. A doença é uma das principais reclamações dos professores e é causada por diversos fatores, como a falta de estrutura e desentendimentos com pais e alunos. Foi assim com a professora de inglês Carolina*, de Diamantina, no Alto Jequitinhonha. Além do cansaço da rotina de aulas em duas cidades diferentes, a frustração da falta de estrutura para trabalhar lhe rendeu uma depressão e a síndrome do pânico. "A readaptação só piorou meus problemas de saúde. Somos excluídos até mesmo pelos colegas de profissão".

No caso de Marta*, 32, professora de história, a indisciplina e a política educacional foram os problemas. Há seis anos afastada, ela conta que tudo começou quando percebeu o baixo desenvolvimento dos alunos. "Comecei a ficar angustiada e recebi o diagnóstico. É triste perceber que seu aluno não sabe nem escrever direito devido à política que impede a reprovação. Isso acabou gerando muita indisciplina e a situação está incontrolável", conta.

Retaliação. Um professor da região metropolitana da capital, que pediu para não ter o nome divulgado, conta que além da tristeza de deixar a sala de aula, os profissionais sofrem também pressão de seus superiores e até cortes salariais. No seu caso, a perseguição veio por parte da diretora da escola. "Eles não me falam nada e me colocam para fazer todo tipo de serviço. Já cheguei a repor papel higiênico nos banheiros. É muita humilhação". Ele ainda perdeu 20% do salário no chamado "pó de giz" e 5% de biênio, incentivos pagos apenas a professores que estão em sala de aula.

A mestre pela Universidade Braz Cubas, em São Paulo, Maria de Lourdes de Moraes Pezzuole desenvolveu uma tese sobre o assunto e confirmou que a depressão é muito comum entre os readaptados. Junto com ela estão problemas na voz e na coluna. A especialista afirma que, em boa parte dos casos, o problema poderia ser minimizado, o que não acontece porque é comum não haver qualquer acompanhamento médico e psicológico do profissional.

Maria de Lourdes é professora de educação física e também foi afastada. Após dois anos de tratamento, ela voltou para a escola, mas em outra função. No início do ano, após uma decisão judicial, ela conseguiu retornar à sala de aula. "Só estou dando aula porque o Estado teria que me pagar R$ 500 por dia fora de sala", conta.


Cansaço físico e mental atinge 93% dos profissionais da rede particular
Os professores da rede particular de Minas também são afetados por problemas relacionados à profissão. Uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), em parceria com o Ministério do Trabalho, mostrou que, em 2009, 92,84% dos educadores reclamavam de cansaço físico e mental.
Também conforme o estudo, 82,58% da categoria afirmou que a exigência do cumprimento de prazos é o principal motivo para tornar o ambiente institucional ameaçador. Já a principal causa de desgaste, segundo 40, 25% dos entrevistados, é a relação aluno/professor.
O sociólogo e pesquisador em educação Rudá Ricci não se assusta com o resultado e diz que a educação no Brasil está doente. Ele afirma que faltam políticas de incentivo à docência e que os governantes se omitem diante dos problemas.
Ele aponta ainda outro problema: a pressão dos pais. "Os pais estão cada vez mais ausentes na criação de seus filhos. Eles pressionam psicologicamente os professores impondo que os profissionais supram a atenção e os limites que eles não conseguem colocar em casa", afirma Rudá Ricci. (CG)


* Os nomes dos entrevistados foram alterados para preservar suas identidades.

Postado por Sind-UTE Subsede Juiz de Fora

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

EDUCADORES OCUPAM A 18ª SUPERINTENDÊNCIA EM JUIZ DE FORA.

Mais uma atividade em Juiz de Fora aconteceu no 87º dia da greve dos educadores e educadoras da rede estadual em Minas Gerais. Desta vez, o Comando de Greve ocupou as dependências da 18ª Superintendência Regional de Ensino em Juiz de Fora.

Com faixas apitos e palavras de ordem, os educadores manifestaram toda a indignação porque sofrem e exigiram audiência com a Superintendente Maura Gaio. Uma Comissão foi composta para cobrar uma série de violações a princípios constitucionais, bem como a vários casos de assédio moral cometidos por algumas direções de Escolas Estaduais sob a responsabilidade da Superintendente.

As fotos e mais detalhes serão postados posteriormente. O certo é que estamos vencendo mais uma batalha! Não devemos parar e assim o faremos.

ESTUDANTES DA E. E. BATISTA DE OLIVEIRA MANIFESTAM APOIO AOS EDUCADORES EM GREVE.

Aconteceu neste dia 02 de setembro mais uma manifestação organizada por estudantes da rede estadual de ensino. Desta vez, estudantes da Escola Estadual Batista de Oliveira ocuparam as ruas de Juiz de Fora em mais uma manifestação de apoio aos trabalhadores da educação em greve desde o dia 8 de junho do corrente.

Gritando palavras de ordem, os alunos seguiram pela avenida 7 de Setembro em direção ao centro da cidade. Passaram pelo viaduto da Avenida Indepedência, pararam na porta da Escola Normal convocando os estudantes deste escola a se juntarem ao movimento e continuaram pela Avenida Independência até a Rua Batista e dela, para o calçadão da rua Halfeld.

Segundo alguns estudantes, "a aula vai ser na rua." Fica aqui o nosso reconhecimento aos estudantes pois perceberam que o Governo Anastasia é o único responsável por exatos 87 dias da greve dos educadores em Minas Gerais. Valeu moçada! Nota 10 para vocês!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

BIOGRAFIA DE ALI HALFELD

Ali Halfeld nasceu em 18 de março de 1900, em Água Limpa (hoje Coronel Pacheco), Município de Juiz de Fora, Minas Gerais, onde iniciou o Curso Primário com o Prof. Paulo Estelita. Em 1907 mudou-se para a cidade de Juiz de Fora, em companhia de seus pais, senhor Pedro Halfeld e D. Hortênsia de Pinho Halfeld, ali terminando o referido curso. No ano de 1910 sua família o levou para Caxambu, mas, dentro de poucos meses, regressou ele para Juiz de Fora, a fim de continuar os estudos, passando, então, a residir com seu padrinho, o Sr. Cláudio Fernandes. Seu Curso Ginasial foi feito até 1915 no antigo Ginásio Santa Cruz, dos saudosos professores os irmãos Alípio e Oscar Peres.

Em 1916, sendo de família de poucos recursos, não pôde continuar seus estudos. Fez, então, um curso rápido de Comércio e Datilografia, a fim de poder trabalhar, e logo após se empregou como auxiliar de escritório em uma oficina mecânica, do Sr. Francisco Kascher.

No ano de 1918 mudou de emprego, indo trabalhar na Drogaria Americana, que, na ocasião, pertencia ao Sr. Bruno Barbosa, aí permanecendo até Julho de 1921.

Em 1º de Agosto do mesmo ano associou-se com o farmacêutico Francisco Queiroz Caputo, na Farmácia S. Sebastião, localizada à Avenida dos Andradas, esquina com Barão de Cataguases, organizando a firma Caputo & Halfeld, hoje Drogafar S.A ., firma na qual permaneceu até a sua desencarnação.

Em 18 de Setembro de 1924 casou-se com D. Carmem Baccara, e do matrimônio nasceram cinco filhos: Kleber, Maurício, Alvair, Ruth e Iclea. Sua esposa foi sempre uma pessoa dedicada, companheira de seus momentos difíceis. Sempre esteve a seu lado, conformando-o e estimulando-o a continuar a luta em todos os seus setores.

Ainda no campo profissional foi, durante muitos anos, Diretor do laboratório Melpoejo Ltda., juntamente ao lado de Francisco Queiroz Caputo e Maria Silveira Alvim.

Tendo abraçado o Espiritismo em decorrência de artigos espíritas que eram escritos no Correio da Manhã por estudiosos da Doutrina, Ali Halfeld foi logo despertado pelo desejo de trabalhar em benefício dos semelhantes.

Auxiliou com entusiasmo e equilíbrio todas as entidades de assistência social que lhe solicitavam ajuda. No setor espírita, devemos mencionar a Fundação João de Freitas, obra de amparo à velhice e à viuvez, que construiu, e para a qual foi eleito presidente em 2 de Fevereiro de 1934, e o Instituto Jesus, destinado ao menor abandonado, que, fundado em 19 de Março de 1944, foi inaugurado em 18 de Setembro de 1955. Eleito presidente na própria assembléia que fundara o Instituto Jesus, Ali Halfeld permaneceu em sua direção até 26 de Março de 1960, quando, por motivo de doença, teve que afastar-se da direção da Entidade.

Grande entusiasta da imprensa espírita, Ali Halfeld colaborou com muito amor junto à Associação de Publicidade Espírita, mantenedora, durante muitos anos, da revista O Médium. Eleito vice-presidente, em 9 de Agosto de 1937, deu à mesma todo o seu esforço.

Ainda no setor do Espiritismo, entre outras atividades devemos mencionar o estudo que, durante anos a fio, fez da obra O Livro dos Espíritos, na tribuna da Casa Espírita, assim como o trabalho que escreveu: “O Problema do Menor”, cuja publicação foi feita pelo Jornal Diário Mercantil, em apresentações semanais.

Poucas vezes, é certo, teve ele contato direto com a Federação Espírita Brasileira, mas foi o bastante para se aquilatar a grandeza espiritual que ressumbrava de suas palavras serenas e humildes.

O presidente da FEB, Sr. Wantuil de Freitas, teve a feliz oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e até mesmo de visitar em Juiz de Fora, a elogiável obra que é a Fundação João de Freitas.

Embora sempre se ocultando no silêncio e na humildade, não pôde evitar, entretanto, que seu nome, aureolado do respeito, da admiração e da gratidão de toda uma coletividade, transpusesse as fronteiras de Minas Gerais.

Espírito modesto, Ali Halfeld sempre declinou das homenagens que “Manchester mineira” lhe quis tributar. Dizia que a humildade era, a seu ver, uma das virtudes mais difíceis de ser cultivada. No entanto, quem com ele conviveu terá observado que aquela virtude, entre outras, ele a soube muito bem exemplificar.

Ali Halfeld foi também um amigo do setor artístico, tendo ocupado a presidência da Orquestra Filarmônica de Juiz de Fora.

Desencarnou em 13 de Setembro de 1967, após ter “combatido o bom combate”.